Depois de onze anos trabalhando como bancária em Curitiba, Deborah Klopffleisch, 53 anos, estava insatisfeita com a vida estressante que levava. Em 1995, depois de ter um filho, a situação piorou. “Estava doente, com pressão alta, e não tinha tempo para ele”, lembra.
Três anos depois, desencostou a máquina de costura que estava parada, investiu R$ 500 na compra de tecidos e começou uma pequena confecção. “Eu cortava as peças à noite e uma costureira fazia enquanto estava no banco”, conta. Os produtos eram vendidos de porta em porta. Assim nasceu a Camomilah, de lingeries.
Dois anos depois, Deborah achou que o negócio tinha futuro e pediu demissão. Ela percebeu que havia muita procura por peças de tamanhos grandes e decidiu apostar nesse segmento. Para isso, montou uma loja para atender as clientes.
Insight poderoso
Observadora, foi notando as particularidades do mercado e teve a sacada que mudaria o rumo do negócio: vender pela internet. “Muita gente tinha vergonha de comprar lingeries para gordinhas. Aí, eu pensei na loja virtual”, lembra. Isso aconteceu em 2002 e, no começo, apenas uma pessoa visitava o site por semana.
“Demorei para entender que tinha que investir em divulgação”, admite. O primeiro anúncio foi no site de comparação de preços Buscapé. Começou a aparecer gente do mundo todo. “Vendi para o Japão, Inglaterra e Portugal”. Depois, foi ampliando seus anúncios.
Em seis meses, Deborah fechou a loja física. “O site estava dando mais retorno”, afirma. Ela levou a confecção para seu apartamento, de onde produz até hoje, e trocou o aluguel pela hospedagem do site. Mas foi preciso perseverança, porque o retorno só veio em 2007, quando a internet ficou mais acessível e o e-commerce cresceu.
Cem vezes mais clientes
Quando estava com a sobreloja, Deborah tinha cerca de 40 clientes. Hoje, são 4 mil cadastros em seu site. A Camomilah recebe cerca de 65 encomendas por mês e o site tem 500 visitas por dia.
O faturamento bruto da microempresária gira em torno de R$ 15 mil mensais e seus gastos com a confecção (material, energia, anúncios etc) não passam de R$ 5 mil. A hospedagem do site custa R$ 95 mensais. Deborah trabalha apenas com uma secretária, que a ajuda com as encomendas. “Nunca quis ter um negócio grande. Assim vivo bem e, aos poucos, vou aumentando a clientela e meus ganhos”, conclui.
Veja matéria completa na revista Viva da Editora Abril:
AULA 6: USE A INTERNET A SEU FAVOR
http://minhaempresa.mdemulher.abril.com.br/2012/11/aula-6-use-a-internet-a-seu-favor/2/
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